Um homem de Bangladesh foi apelidado de “homem árvore”, justamente por conta de condição rara que fez com que crescimentos estranhos, que na verdade são verrugas, surgissem em suas mãos e pés. O crescimento assemelha-se muito a raízes de árvore. Recentemente, ele precisou ser internado para tratamento e seu destino é incerto.
Abul Bajandar, de 25 anos, mora em Khulna, Bangladesh, e sofre de uma doença rara e hereditária conhecida como Epidermodisplasia Verruciforme, prejudicando sua vida há sete anos.
Os médicos do Instituto Nacional de queimadura e Cirurgia Plástica do Dhaka Medical College and Hospital (DMCH) irão, agora, decidir sobre seu tratamento, após vários especialistas entrarem num consenso. O Dr. Samanta Lal Sen, coordenador-chefe do Instituto, visitou o homem para poder decidir a melhor opção para o tratamento.
A epidermodisplasia verruciforme (EV), também conhecida como displasia de Lewandowsky-Lutz, é uma desordem genética rara, de carácter autossómico recessivo. A condição faz com que verrugas cutâneas, semelhantes a lesões, apareçam em qualquer parte do corpo. Geralmente, a condição aparece por sensibilidade da pele ao Papiloma Vírus Humano (HPV), podendo evoluir para algo pior.
“Infecções por HPV descontroladas levam ao crescimento de máculas e pápulas, principalmente nas mãos e nos pés. Normalmente está ligada ao HPV tipo 5 e tipo 8, que estão presentes em aproximadamente 80% da população mundial, e geralmente são assintomáticos. Mutações no gene EVER1 ou EVER2, localizados no cromossoma 17, são as causas desta moléstia. Não se sabe ainda a função exata desses genes, mas sabe-se que estão relacionados à distribuição de zinco no núcleo celular”, relatou o portal Info Escola, sobre a doença.
Existem dois tipos de EV: uma na qual as verrugas são planas, e outra na qual aparecem lesões semelhantes a queratoses seborreicas.
Apesar de não existir um tratamento comprovado, o mais comum envolve a medicação com acitretina (0,5-1,0 mg/kg) durante 6 meses. Interferon pode ser utilizado, junto com retinoides. A remoção das lesões é uma opção comum, feita através de cirurgia ou crioterapia. Porém, após serem removidas, seu desenvolvimento continua por toda a vida. Acredita-se que de 30% a 60% dessas lesões evoluam para uma forma maligna.
Fonte: Portal Info Escola
Fotos: Jornal Ciência
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